sexta-feira, 29 de julho de 2011

NOTICIAS LOCAIS



Greve de servidores termina após 2 dias


Representantes do governo e do Sind-UTE durante a reunião de ontem: nova rodada está marcada para hoje


IPATINGA - No gabinete do prefeito Robson Gomes (PPS) onde estiveram presentes a comissão de negociação dos grevistas, a equipe de governo e também o vereador e presidente da Câmara Nardyello Rocha (PMDB).
Após o encontro, representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Ipatinga (Sintserpi) realizaram uma assembleia, definindo pelo fim do movimento. Alguns trabalhadores, inclusive, retornaram ao serviço ainda ontem, de acordo com a escala de plantões.
A greve foi iniciada na última terça-feira (26). A principal reivindicação dos servidores era um reajuste salarial retroativo a janeiro deste ano. A Prefeitura havia oferecido um valor de 6,47% aos trabalhadores; porém este valor seria parcelado em três vezes, sendo que a última parcela seria paga somente em dezembro. "A gente iria receber a reposição salarial deste ano só em 2012", disse um dos grevistas.

NOVA PROPOSTA
A nova proposta da administração municipal contempla os servidores com os mesmos 6,47%. Mas dessa vez, o aumento será dado integralmente a partir de agosto. As perdas salariais acumuladas entre janeiro e julho deste ano também serão compensadas, mas só a partir de fevereiro de 2012 e divididas em mais três parcelas. Outro benefício dado à categoria foi o aumento do auxílio alimentação, também em 6,47%, a partir de 1º de agosto, menos para cargos comissionados.
Ainda como parte do acordo, os servidores pediram que não houvesse corte dos dias parados, o que foi atendido pela Prefeitura.
Em virtude do acerto, a Procuradoria Geral da Prefeitura de Ipatinga pediu à Câmara de vereadores a retirada do projeto de Lei com a proposta inicial de pagamento do reajuste de forma escalonada. Os advogados do Executivo já têm uma minuta do novo projeto que será reenviado à Câmara para votação dos vereadores.

BARULHO
Antes da reunião que definiu pelo acordo, os grevistas fizeram muito barulho na porta da Prefeitura. Com apitos, narizes de palhaços e até um megafone, pediam o atendimento de suas reivindicações.
A Prefeitura informou que a greve dos servidores vinha prejudicando de forma grave o atendimento no Hospital Municipal. Segundo o Governo, não estava sendo mantido o percentual mínimo de trabalhadores no local e a situação beirava o caos, sendo impossível receber mais pacientes.
Foi informado ainda que seriam contratados profissionais para tentar suprir a ausência de servidores por conta da greve e que alguns postos de saúde de Ipatinga passariam a funcionar até às 21 hs. Com o fim da greve, o funcionamento das unidades de saúde não deve ser alterado.
Mesmo com o encerramento da paralisação, as negociações com a Prefeitura ainda continuam. De acordo com Geraldo Campos, secretário geral do Sintserpi, a pauta de reivindicações é extensa e o acordo atingiu somente a questão da recomposição salarial. Os servidores pedem um reajuste de 13,2% em seus salários.

Sind-UTE descarta volta às aulas na 2ª
IPATINGA - Ainda na tarde desta quinta-feira, o prefeito Robson Gomes esteve reunido também com representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) e pais de alunos da rede municipal para tentar uma negociação que pusesse fim à paralisação dos professores, que teve início no dia oito de junho.
O encontro foi agendado na última segunda-feira (25) em outra reunião da categoria com o governo. Segundo o Sind-UTE, foi entregue ao Executivo uma proposta com as principais reivindicações do movimento e não houve nenhuma contraproposta da administração.
"Na segunda-feira, expusemos o resultado de um estudo feito pelo Sindicato, após profundo debate, quando todos puderam comprovar o crescimento de 16,50% da receita do município. À luz desse estudo, apresentamos também uma proposta de índice que permite aproximar do valor integral do Piso. Esperávamos uma contraproposta do governo, porém, não obtivemos retorno", afirmou Leida Tavares, coordenadora do Departamento de Formação do Sindicato.

NOVA RODADA
Uma nova reunião foi marcada para a tarde desta sexta-feira (29), quando o Sindicato espera um desfecho positivo. Mesmo assim, a possibilidade de volta às aulas na próxima segunda-feira, como desejava o prefeito, é impossível, segundo a coordenadora do Departamento de Comunicação do Sind-UTE, Cida Lima. Ela explicou que, mesmo havendo um acordo hoje, a próxima assembleia da categoria está marcada para a manhã do dia primeiro, tornando inviável o retorno.
Contrariado a informação do Sindicato, a Secretaria Municipal de Educação informou que todas as 37 escolas da rede municipal de ensino estão preparadas para receber os alunos e por isso a equipe de Governo está empenhada em definir pelo retorno de todos os professores.
De acordo com a Prefeitura, uma nova proposta será apresentada aos grevistas com base nas informações que foram repassadas nesta quinta-feira (28) a uma comissão formada por professores, pais de alunos e representantes do Sind-UTE. Esta proposta será elaborada com base em dados referentes à folha de pagamento e análise de informações acerca do piso salarial obtida junto aos representantes.



Ipatinga na Copa de 2014

A Copa de 2014 está chegando e podemos perguntar: tem jeito do Vale do Aço participar dela de uma maneira ativa? A pergunta procede porque a Copa está significando investimentos pesados em muitas capitais do país. Investimentos não apenas em estádios, mas no sistema viário, aliviando o trânsito de muitas capitais brasileiras. E com eles, estão vindo hotéis, restaurantes, equipamentos de laser e muitos outros negócios ligados à prestação de serviços.
Ipatinga sediar jogos da Copa não dá. Mas abrigar na fase preparatória uma das seleções que virão disputar o Mundial é perfeitamente possível. Uma delas em especial merece a nossa atenção: a seleção japonesa.
O Brasil foi o país que abrigou o maior contingente de imigrantes japoneses em todo o mundo. Ipatinga recebeu o primeiro grande investimento japonês após a Segunda Guerra Mundial.
Como vocês devem se lembrar, o Japão entrou do lado errado na Segunda Guerra. Aliou-se aos alemães, brigou feio com os americanos no Pacífico e, mesmo após a derrota alemã, não se rendeu. Acabou tornando-se o único país do mundo ser bombardeado por bombas atômicas, o que causou danos terríveis às cidades de Hiroshima e Nagasaki, além de marcar indelevelmente a história japonesa.
Após a Guerra, o Japão absorveu tecnologia americana e, aos poucos, tornou-se a segunda maior economia do mundo, posto que ocupou até o ano passado, quando perdeu seu lugar para a China. Na década de 50, para demonstrar ao ocidente sua capacidade técnica, escolheu Ipatinga como laboratório. A Usiminas foi o primeiro grande investimento japonês no mundo ocidental após a II Guerra mundial. Foi uma forma dos japoneses mostrarem ao ocidente seu conhecimento técnico em siderurgia. Por isso, até hoje, a Nippon Steel é sócia daquela empresa.
Na década de 1980, alguém tentou reforçar estes laços. Foi proposto ao Itamarati a criação de uma cidade irmã de Ipatinga no Japão. Kitakyushu, cidade metalúrgica e Ipatinga trocariam embaixadores, realizariam festas e solenidades comuns, fariam intercambio cultural e artístico. Por um destes desacertos da administração pública, nada saiu do lugar.
Agora, surge a oportunidade de uma aproximação. A seleção japonesa é a 13ª melhor no ranking da FIFA e as chances de sua classificação são ótimas. Caso ela hospede-se em Ipatinga no período preparatório para a Copa, a cidade seria conhecida em todo o mundo e na Ásia, particularmente.
Ipatinga poderia reivindicar junto ao Governo Federal a aceleração da duplicação do eixo viário 262-381; verbas para modernização do aeroporto e para algumas reformas no Ipatingão, que o fariam apto a receber a mídia internacional. Certamente, os japoneses deveriam ter suas reivindicações específicas relacionadas a conforto, segurança, alimentação, equipamentos esportivos, que teriam que ser atendidas.
A cidade também deveria se preparar para o evento. Deveria mostrar-se bem cuidada, arborizada, à altura dos hóspedes e dos turistas que virão. Os hotéis, os taxistas, os restaurantes receberiam treinamento especializado para lidar com um fluxo tão diferenciado de visitantes.
Os sócios japoneses da Usiminas talvez possam se interessar em participar da organização e do patrocínio do evento.
Para que este se viabilize, seria importante a mobilização imediata do empresariado e das Prefeituras do Vale do Aço. Esta união de esforços é que poderia fazer uma iniciativa como esta vingar.
A qualidade da administração pública é fundamental para o sucesso de uma iniciativa onde tantas interfaces são necessárias. O aval do Governo Federal; o apoio da CBF; contatos com as entidades futebolísticas japonesas; a promoção internacional. Todos estes itens são itens fundamentais e sua articulação e integração não são nada fáceis. Nada pode dar errado.
Os ganhos para a cidade podem ser muito importantes. A garantia da rapidez na modernização do eixo viário 262/381 e do aeroporto já seriam resultados suficientes. Mas há ainda outros. Além da promoção da região e da aproximação com o Japão, terceira economia do mundo, há um aspecto de valor inestimável: o orgulho dos ipatinguenses de terem participado do maior acontecimento esportivo mundial. Faltam ainda três anos para a Copa, mas o tempo voa. As eliminatórias já vão começar logo e o país se tornará rapidamente o centro das atenções do futebol mundial. Quem sabe a ideia pega.


NACIONAIS


Dilma nomeia Pelé embaixador honorário do Brasil para a Copa
 
BRASÍLIA - O Brasil já tem seu embaixador honorário para a Copa do Mundo de 2014: é Edson Arantes do Nascimento, o ex-jogador de futebol Pelé. Ontem (26), ele esteve no Palácio do Planalto, onde se reuniu com a presidenta da República, Dilma Rousseff. A presidenta assinou um decreto criando o título de embaixador honorário e o entregou a Pelé, que terá entre suas funções divulgar a imagem da Copa do Mundo no Brasil no exterior.
"Eu não poderia deixar de aceitar este convite da nossa presidenta. Como brasileiro, vocês sabem que eu já faço isso desde que nasci. Desde a primeira Copa do Mundo que eu defendo e faço a promoção do Brasil. É uma responsabilidade muito grande, mas eu não poderia deixar de aceitar", disse Pelé.
O ex-jogador, considerado o rei do futebol, também falou sobre a organização do evento esportivo e disse que chegou a ficar preocupado com o andamento das obras, mas enfatizou que não se pode "deixar de acreditar". "Eu gostaria de pedir para todo o povo brasileiro que acreditasse, porque estava meio confuso, meio em dúvida com alguns problemas que nós tivemos aqui, mas que podemos acreditar, porque a presidenta disse que vai fazer todo o esforço, e espero que a gente entregue bem esta Copa do Mundo. Agora, esta administração será feita com 190 milhões de brasileiros e todos ficaremos orgulhosos de entregar bem esta Copa?, disse o ex-jogador.


  Cearense vai ajudar a desenvolver

os robôs espaciais da Nasa

Eduardo Almeida estuda leituras tridimencionais de superfícies.
Nasa se interessou pela pesquisa de Almeida, que está nos EUA há 5 anos.

Diana Vasconcelos 

 
O Brasil terá um representante cearense na agência espacial americana, a Nasa, a partir de setembro. Graduado em engenharia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Eduardo Brito Almeida, 30 anos, foi convidado pela Nasa para desenvolver pesquisas que ajudarão a aperfeiçoar os robôs espaciais da agência.
O pesquisador explica que alguns robôs espaciais usados pela Nasa são controlados de forma remota. “Eles são assim para evitar que colidam com algo ou caiam em buracos. Se eles puderem ler a superfície poderão mapear e escolher o melhor percurso. Isso se chama Navegação Autônoma”, explica Almeida que, como bolsista do projeto Pré-Doutoral Harriett G. Jenkins, trabalhará com desenvolvimento de modelos matemáticos que permitam a locomoção robótica autônoma e segura. “Em minha pesquisa quero aperfeiçoar a leitura tridimencional de superfícies. Quero que ela seja impactante”, diz.
 
A oportunidade na agência veio após a inscrição no programa de Ph.D. em Engenharia da Brown University em 2010, onde foi aceito com bolsa integral. No mesmo ano, ele se inscreveu para a bolsa de estudos Space Grant, da Nasa. A agência espacial se interessou pelo projeto de pesquisa ao qual ele se dedica e ofereceu a bolsa.
 
Pai e filho
O convite da Nasa deixou os pais orgulhosos. “Nunca tive de ensinar uma tarefa (da escola) a meu filho”, diz o pai de Eduardo, Sebastião Carneiro de Almeida. “Desde criança, ele foi sempre metódico, organizado e disciplinado”, afirma o pai que é professor universitário e doutor em Matemática Avançada, tema preferido das conversas entre os dois “desde a juventude” de Almeida. E, de acordo com o pai, o interesse do filho só aumentou com a entrada na UFC em 2000.
Já nos primeiros semestres da faculdade se interessou por robótica, tornando-se bolsista de iniciação científica do Grupo de Processamento de Imagens e do Laboratório de Visão, Imagens e Sinais (GPI/LABVIS). “A experiência adquirida na UFC, por meio de disciplinas e pesquisa, foi essencial na minha formação”, destaca o ex-aluno.
Almeida mora nos Estados Unidos há cinco anos. Estagiou no Laboratório de Propulsão a Jato, de 2009 a 2010, em Pasadena, Califórnia. O centro desenvolve e gerencia aeronaves destinadas à exploração espacial.
Nasa
A agência espacial americana petence ao Governo dos Estados Unidos  e é responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial. Criada em 29 de julho de 1958, substituindo seu antecessor, o Comitê Consultivo Nacional para a Aeronáutica (Naca), foi responsável pelo envio do homem à Lua (Projeto Apollo) e por diversos outros programas de pesquisa no espaço. Atualmente, a Nasa trabalha em conjunto com a Agência Espacial Europeia, a Agência Espacial Federal Russa e com mais alguns países da Ásia e do mundo todo para a criação da Estação Espacial Internacional.


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